Amor acaba mesmo?

Estava lendo há pouco um belo texto da Camila, ex-colega, em seu blog http://camila-arocha.zip.net/. É a história de um homem que conseguiu acabar com os sonhos de uma mulher. A fez parar no tempo. Lógico que a culpa não pode ser jogada somente nas costas dele, mas é inegável que um cidadão como esse não tem o direito de fazer o que fez. Não tenho a intenção de comentar o texto da Camila.

O que me motivou a escrever foi outro post. Está relacionado ao anterior e faz referência ao fim do amor. Ao fato de um homem não ter a coragem de dizer isso para sua até então amada. Eu acho isso absurdo, embora tenhamos de admitir a possibilidade. No meu entendimento amor está muito longe do que as pessoas popularizaram. Paixão sim. Essas vão e vem. Amor é mais profundo e tenho a certeza de que poucas pessoas sabem exatamente o seu significado. E há casos nos quais relacionamentos não prosperam e não é exatamente pelo fato de o amor acabar. Ele ainda pode existir e sua força ser insuficiente para a superação de uma infinidade de conflitos comuns nos relacionamentos. Nem preciso listar aqui, pois todos que tiveram a experiência sabem. Há certos momentos que o melhor é simplismente desistir. Dar oportunidade a você mesmo de procurar ter o mesmo sentimento ao lado de outra (o) e também de deixar a outra pessoa seguir seu caminho.

Não temos o direito, tanto homens quanto mulheres, de seqüestrar a vida do outro. De fazê-lo refém em uma relação doentia. Não aceito situações nas quais um tem que abrir mão de seus sonhos em favor dos desejos do outro. Sempre defendi a importância de cada um ter sua vida dentro da relação, especialmente as mulheres. Elas devem buscar a realização profissional e até a material. Com todo respeito, são muito burras as que se submetem aos homens a ponto de ficar com o pincel na mão quando tudo acaba. Conheço pelo menos duas que sonham em comprar seus apartamentos, mesmo não precisando. É a necessidade, creio, de mostrar que também podem. Mas devemos admitir que pensam assim justamente por casos como o relatado pela Camila.