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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Mercado de resseguros já conta com 32 grupos

Rio de Janeiro - A abertura do mercado do resseguro no Brasil superou as expectativas do titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Armando Vergílio, para o mercado brasileiro.
“Nós deveremos fechar o ano com seis resseguradoras locais ou mais. A expectativa do mercado era que pudéssemos ter apenas duas ou três ao longo do processo. E já no seu início, seis ou sete locais já estarão operando”, disse Vergílio.
Ele revelou que no momento o Brasil conta com um total de 32 resseguradoras , sendo que 14 já estão aprovadas, incluindo o antigo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), e as 18 restantes estão em processo de análise
“Se somarmos, teremos até o final desse ano, com certeza, mais de 40 resseguradoras operando nesse mercado. E isso superou as expectativas, traduzindo a adequada análise que foi feita pela Susep na apresentação da regulamentação complementar para a abertura. Ou seja, esse alto interesse das empresas internacionais e do mercado investidor nacional em relação à abertura do resseguro é a prova disso”.
A quebra do monopólio do IRB teve como objetivo a criação de um mercado ressegurador local forte e competitivo, enfatizou Vergílio. Ele reconheceu que problemas pontuais, como a inflação e a “excessiva” alta dos juros, são assuntos que preocupam, mas lembrou que de outro lado existe um conjunto de fatores positivos que favorece o crescimento do país e do mercado ressegurador.
O grau de investimento (classificação que indica aos investidores a capacidade do país de honrar seus compromissos) concedido ao país por duas agências de classificação de risco internacionais abre oportunidades de investimentos. Para o setor de seguros em particular, o superintendente da Susep disse que o aumento da oferta de crédito é interessante.
“Mesmo com juro alto, nós tivemos quase que dobrado o crédito. Em 2003, o crédito ofertado à sociedade era de 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, ele está batendo a casa dos 40% do PIB”, disse Vergílio.
Ele citou entre os fatores positivos para o Brasil o reduzido índice de desemprego e a melhoria da renda e da qualidade de vida das pessoas, além do conjunto de obras estruturantes que vêm sendo empreendidas dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que considera bastante positivo para o setor de seguros, “que vem a reboque” da economia.
Vergílio lembrou que das 20 maiores empresas resseguradoras do mundo 13 já operam no Brasil, além do IRB-Brasil Re ( antigo Instituto de Resseguros do Brasil - IRB), que apresenta grande capacidade de retenção de riscos. Na avaliação do superintendente da Susep, o mercado ressegurador deverá crescer muito mais em proporção do que o setor de seguros. “Ou seja, se o [setor de] seguro dobra de tamanho em quatro ou cinco anos, resseguro aumenta muito mais, por várias razões”.
Entre essas razões, ele enumerou o fato de trazer uma nova realidade de competitividade que “não havia antes no país” e também devido à adoção, pela Susep, de uma nova política de supervisão, baseada em princípios e riscos, e não mais em regras. A Susep vai estabelecer regras de capital para as empresas de Previdência e de capitalização. “E isso fará com que a busca pelo instituto de resseguros seja ainda maior”. Ele esclareceu que uma das formas de aumentar o capital de uma empresa seguradora é o resseguro.
Os problemas enfrentados por algumas empresas com operações de resseguro no atual momento de mudança do mercado foram considerados pontuais pelo superintendente da Susep, que indicou que as avaliações de risco deverão ser feitas de forma diferenciada da que vinha ocorrendo até então. “Porque você vai ter uma nova precificação, que poderá denotar preços maiores ou menores, dependendo do risco”. Ele acredita que talvez seja necessário discutir a readequação das tarifas em função de determinados riscos. Vergílio garantiu que hoje há demanda e oferta. (Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil ) Blog do Roque - Roque Lopes - Cachoeirinha - RS

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